quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Aléias de um jardim chamado Trevo

No meu primeiro dia na Trevo, há pouco mais de um ano, estava usando um vestidinho preto, se não me engano. Cheguei um pouco antes das 10h, o que me fez ficar algum tempo do lado de fora, esperando alguém chegar.

Quem chegou foi a Sylvinha (minha chefita). Ela perguntou se eu estava esperando há mto tempo.

"Há uns três minutinhos."

Era verdade. Como toda a relação que construi - e ainda construo - com meus chefes nesse um ano e poucos meses. Desde o primeiro minuto procurei ser o mais sincera possível. Das maiores incertezas a alguns probleminhas pessoais e até aos mais "sérios" erros cometidos por mim.

De toda forma, naquele primeiro dia, a Trevo tinha, ao todo, 6 pessoas. Sendo que somente 4 tinham realmente relação com o trabalho propriamente dito de uma assessoria de imprensa.

De atendimentos havia a Maíra, que na época era estagiária, e eu. Cada uma de nós cuidava de apenas 2 clientes e o dia, de 10h às 19h, era bem mais tranquilo.

Dava tempo de ler o jornal, imaginar diversas pautas, escrever vários textos e ainda fazer os milhões de follows.

Aí a Mairovska saiu em busca de novos desafios e entrou a Aline (que já não foi contratada como estagiária, mas efetivada como eu).

Ah, Aline...

Ainda posto aqui o que significou trabalhar com essa garota.

Por hora, basta dizer que foi a melhor pessoa que conheci nos últimos tempos. Excelente profissional, mas antes disso, excelente amiga. Ainda estou me acostumando a ausência dela, pelo menos no dia a dia.

Enfim, nos 10 meses em que eu e Aline trabalhamos juntas na Trevo, vimos muita coisa acontecer. De 2 clientes, passei a cuidar de 4, com eventuais jobs no meio do caminho.

A rotina ficou mto, mas mto mais corrida. Houve dias em que achei que enlouqueceria e sei, pelos dias em que a Aline pulava feito pipoca em sua cadeira, que ela tbm correu o sério risco de surtar!

Dentre muitos acontecimentos, vimos nossos chefes também chegarem bem perto da loucura, mas segurarem a onda... Nos divertimos em eventos na Baía de Guanabara, em festa com famosos, em espetáculos de piano, em simpósios de saúde....

E, mais do que tudo isso, vimos novos clientes chegarem cada vez mais e a Trevo crescer de forma assustadora. E, de repente, nosso espaço (físico mesmo) já não era suficiente.

Primeiro veio a Camilla e sua passagem relâmpago pela Trevo. O Eric veio para substituí-la, mas em menos de 3 meses tbm já tinha ido.

Nesse meio tempo, minha querida amiga, Aline, resolveu seguir novos rumos.

A Anna chegou para ficar em seu lugar e, enqto a Aline ainda passava as coisas para ela, chegou a Bela, com seu jeitinho doce e infantil.

Pouco tempo depois, veio a Lidi, com seu jeitinho peculiar, que eu tanto adoro.

Quando a Paulline chegou, a Aline já não estava mais com a gente... E por isso minha amiga perdeu a chance de conhecer a mais estilosas das "Trevetes".

A Amanda, negra flor, veio para - pelo menos por enqto - completar, como diz o Seu Oscar, o jardim.

Foi um pouco assustador no início... Não estava mais acostumada a trabalhar com tanta gente e, principalmente, com tanta mulher! rs Mas dia desses, depois de uma esticada no Mcdonalds da 13 de maio, percebi como é bom estar entre elas.

Um ano e cinco meses.

Pouco?

Eu diria que para a Trevo foi como se, de uma criança que estava aprendendo a andar sozinha, de repente ela não só começasse a correr, como a andar de bicicleta sem rodinhas também.

E mais: essa criança não vai parar por aí...

Meninas: sejam bem-vindas. Vcs sabem, esse blog tbm é de vcs.

Quanto a mim? Mês que vem desfrutarei de merecidas férias.

Sei que os coleguinhas, tão fofos e simpáticos, vão sentir falta das minhas ligações e sugestões... Mas eles sobrevivem!

Beijos e até a próxima!

Ju

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Os segredos da conquista


A primeira vista, parece um texto sobre relacionamentos amorosos. Mas, de fato, não é. É, sim, uma história de convivência e construção de relações entre seres humanos. Costumo comparar o trabalho em uma assessoria de imprensa ao processo de conquista entre dois seres humanos: de um lado, o assessor, apaixonado pelo seu objeto, a pauta, que precisa "cativar" o seu alvo, o jornalista, através de palavras e raciocínios bem elaborados. Do outro, o jornalista, centrado no universo da redação, atolado de papéis e e-mails, precisando dos "ares" novos trazidos e idéias criativas que devem vir da assessoria.

O processo de "venda" da pauta pode ser equiparado aos passos iniciais da relacionamento: aquele que está interessado, procura, liga, é insistente, persiste para chamar a atenção. Na outra ponta, quem está menos interessado e precisa "ser cativado", faz um jogo: finge que não leu, que não ouviu, que não está nem aí...Até que o jogo é revertido!

O "conquistado" cai no vazio, percebe a ausência de algo que "nutra" os seu espaço (o jornal) e vai em busca de um sentimento (matéria) que o preencha. A magia acontece: o alvo, agora, conquistado, procura o jornalista! Quais são então as dicas para atingir o sucesso?

Em primeiro lugar, é preciso amar a sua pauta, ter afinidade com ela e saber que veículo, público e jornalista você quer cativar. Quem é seu alvo? Pense sobre isso. Em seguida, elabore seu texto de forma clara e envie sua sugestão com precisão cirúrgica: a pauta certa, para a pessoa certa. Isso evita constrangimentos e decepções de ambos os lados.

Posteriormente, relembre o jornalista sobre a pauta, sua relevância e atualidade. Caso ele goste, ele vai se interessar, faz parte do trabalho do assessor "saber seduzir com palavras". Mas, palavras não bastam. O assessor precisa agir, ser rápido e entrar em ação quando uma informação precisa ser apurada.

Assessor também é jornalista e traz na alma aquela curiosidade que move o repórter. Conquistar é um trabalho árduo, construido a cada dia, como os relacionamentos humanos. A assessoria traz em si um pouco dos segredos da conquista: insistir é preciso e, para alcançar bons resultados, vale a pena.


Isabela Pimentel