quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Falso Fofo - parte 2

Já postamos aqui, um texto falando dos jornalistas Falsos Fofos e daqueles que são Sinceros Cruéis.

Hoje vou falar apenas dos Falsos Fofos, mas sobre um outro aspecto deles. Da primeira vez, falamos de como eles nos enrolam na hora dos follows, nos dão falsas esperanças e nos prendem em ligações eternas até, finalmente, ouvirmos aquela frase tenebrosa: "não vamos usar".

Contudo, não citei naquele primeiro texto que os Falsos Fofos são mais fofos e mais falsos quando precisam da gente :). Porque por incrível que possa parecer, algumas vezes - bastantes vezes - eles realmente precisam de nós. Quando isso acontece, a situação se inverte e quem passa a receber ligações de 5 em 5 minutos somos nós, os assessores.

Parece a visão do paraíso, uma vida em que o assessor não precisa fazer follows, pq todos os jornalistas correm atrás de suas pautas.

E é mesmo!

O jornalista te liga todo simpático, falando que a pauta é suuuuper bacana e que vai rolar aquela mega matéria de capa no jornal de domingo. Vocês trocam risadas, experiências e - pasmem - até os números íntimos de seus celulares!

É uma verdadeira maravilha. O assessor fica todo prosa de sua façanha. Manda pai, mãe, filho, periquito e papagaio comprarem o jornal! E é aí que ele pensa que fez um novo melhor amigo.

Por uma semana.

Até voltar a ser taxado de "chato" pelo mesmo jornalista no follow seguinte.

Mas tudo bem, afinal, a matéria saiu, o cliente ficou feliz, seus pais ficaram orgulhosos e, em algum momento, em alguma outra pauta, o jornalista vai voltar a ser seu melhor amigo novamente, por mais uma semana.

Assim é o efêmero paraíso dos assessores.

O paraíso só se perde quando o jornalista liga quase no fim do seu prazo de fechamento e pede - com um tom levemente desesperado, mas fofo - personagem, foto (em alta) e entrevista com aquele diretor que vive no avião...

É aí que começa o inferno.

Você assessor não quer perder aquela oportunidade de ver seu cliente no jornal ou revista e se vira em 7 para conseguir, no prazo do jornalista, tudo o que ele pediu. E quando o deadline dele vai chegando, as ligações vão ficando mais numerosas, o tom vai ficando mais desesperado e menos fofo e, ao invés de um melhor amigo, vc ganha uma boa preocupação!

Mas, tudo dá certo e você - descabelado, com fome, cansado e mega estressado - consegue absolutamente tudo que o coleguinha pediu, num tempo recorde!

E o que acontece?

O editor corta da matéria justamente o seu cliente.

E o jornalista nem fica seu amiguinho depois...

Ossos do ofício, fazer o quê?!

Beijos,
Ju.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Agnaldo Heleno do Rêgo e Silva

Queridoooos, depois de um belo e merecido mês de férias, estou de volta. Se quiserem saber das minhas divertidas aventuras em Buenos Aires, visitem meu outro blog - Farofa com Sushi. Vou adorar vê-los por lá!

Há uma semana novamente no batente, retornar à agridoce rotina do assessor de imprensa é como sentir o caldinho ácido do abacaxi, maduro e doce, escorrendo novamente pela boca. Não tem jeito, é um daqueles prazeres que reviram os olhos, mas arrepiam a nuca.

Já estava com saudades dos queridos coleguinhas desligando na minha cara, do coração batendo forte antes de vender uma pauta importante, do corte e colagem de clipping (sem dúvida a mehor parte!).

Mas uma coisa hoje me fez ter vontade de postar neste blog. Foi quando minha chefe virou e disse:

- Quando você acha que já viu de tudo no mundo dos nomes compostos, vem um Heleno Rogério** e te mostra que sempre pode ser pior!


Imagino que os coleguinhas que trabalham nas redações tenham uma experiência parecida no quesito "nomes inesquecíveis". Por aqui, todo dia nos deparamos com a graça de pessoas que, sem dúvida, tem mesmo muita graça.

Adoraria citar algumas, mas se eu quiser manter meu emprego e emplacar novas pautas nesses lugares, é melhor deixar vcs usarem a imaginação.

Mas acho que vale contar que uma vez, o nome da jornalista com quem eu falava era tão, mas tão estranho, que meu chefe, sentado bem atrás de mim, repetiu aquela... denominação de forma tão incrédula, que tive de parar o follow no meio e fingir que a ligação tinha caído para poder rir descontroladamente.

Taí... estava com saudades desses momentos.

É isso, pessoal!

Beijos e estou de volta. Não se assuste se eu ligar para vc amanhã fazendo follow! :)

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** Por motivos de privacidade e futuras pautas q podemos vender, o nome acima citado não é o mesmo do verdadeiro jornalista em questão.